Frase da cabelereira antes de começar a carnificina com o meu cabelo: "Eu sempre quis ter um cabelo assim". [Referência a Zeca Seca do Zorra Total. Sempre assisto no dias de depressão profunda.]
Coisas que eu não falei pra ela:
- Querida, você trabalha há quanto tempo como cabelereira? É... porque assim, após uma breve avaliação vocacional gratuita percebi que você não leva jeito pra coisa. Que tal mudar de profissão?
- Corte assim, nem de graça. Obrigada. Não tô na penitenciária, e não tenho piolho. E nem mesmo se estivesse, ninguém merece um castigo assim. Só pra tua cara um negócio desse.
- Eu disse pra não cortar curto. Se eu dissesse que podia cortar curto, você teria raspado meu cabelo? Feito um moicano piradaço? Você me odeia é isso? O que que eu te fiz, poloamordedeus?
- Sim, sim. Eu tô linda. Pareço um flashback dos anos 80. Só me faltam o maiô laranja e as polainas. Friday nights forever.
- Sim, minha senhora. Eu estou lindo e me chamo João.
- Super-moderno. Eu tô parecendo uma tiazinha de 35 anos. Nossa. Resuvenesssssseu, bein!
- Realmente eu não poderia confiar numa pessoa hiper-mega-moderna de cabelo roxo. Mas meu cabelo tá realmente lindo comparado ao seu cabelo roxo.
- Quanto eu devo te pagar? Há! Piada, né? Depois desse resultado, Dona Cabelereira, você me deve uma indenização.
- Tamanho trauma causado à minha pessoa, minha senhora, que além da depressão profunda, não consigo nem formular as frases. Não sei mais quem sou. Não sei o que estou fazendo aqui.
- Você não sente culpa, não? De cobrar para estragar o cabelo dos outros? Perversa você, hein? Se realizando com as desgraças dos outros... Você deveria sentir vergonha.
Ainda não consigo elaborar isso. Tenho trauma de cabelereiros e a cada dia isso é reforçado. Agora o que tenho que fazer é esperar. Enfim. Coisas que me acontecem...
[Quanto odiozinho no meu coração. Eu te perdôo, Cabelereira. Não, mentira! Não perdôo nada.]
Um comentário:
Acho que é fever nights.
Postar um comentário