sábado, 6 de setembro de 2008


A morte em mim. Alguém (o medo) desce
Uma rua noturna, e de repente
Vê, soturna, no céu, a Lua, e sente
O horror da Lua, e súbito enlouquece.
A morte em cada ser. E alguém (a mágoa)
Que por insone chega-se à janela
Possui a mesma Lua dentro dela
Que em sua carne se transforma em água.
A Poesia em tudo.
E a doçura de não ser mais.
Ficará Sentado, na vertente, junto ao rio
Vendo umas nuvens brancas, vendo o rio.
[Vinicius de Moraes]

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